De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, o fenômeno durou cerca de 30 segundos e se trata de um "bólido", uma espécie de meteoro luminoso que é chamado popularmente de estrela cadente
Meteorito guardado no Museu das Minas e do Metal — Imagem: TV Globo/Reprodução
Um fenômeno luminoso foi registrado em diversos estados brasileiros na noite da última segunda-feira (19). Há relatos feitos por moradores de Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo e São Paulo. De acordo com especialistas ouvidos pelo Jornal Hoje, as luzes aparecem quando rochas espaciais entram na atmosfera.
Em Belo Horizonte, por exemplo, analista contábil Claudinei Fernandes diz que caminhava pela rua quando foi surpreendido pelas luzes.
"Eu estava saindo de casa por volta das 18h30 quando olhei para o céu e veio a luz muito forte. Achei que era estrela cadente, muito forte e com uma calda muito grande. Foi uma cena bonita, mas depois fiquei um pouco de temor, pois não sabia do que se tratava", diz.
De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, o fenômeno durou cerca de 30 segundos e se trata de um "bólido", uma espécie de meteoro luminoso que é chamado popularmente de estrela cadente.
Isso significa que um fragmento de rocha espacial atravessou a atmosfera da Terra, conforme relata o astrônomo e professor aposentado da UFMG Renato Las Casas.
"O meteoro é uma pedra que entra na nossa atmosfera em altíssima velocidade e, devido ao atrito com o ar, ela vai aquecendo. Se as partes da pedra aquecem mais que outra parte, cria-se uma tensão nesse material e pode chegar ao ponto de explodir, como nós acreditamos que aconteceu ontem", explica o astrônomo.
Quando sobra algum fragmento que atinge o solo, ele recebe o nome de meteorito. Ainda é cedo para saber o tamanho da rocha de ontem e se ela deixou algum rastro.
"Eles (meteoritos) têm valor que vão além do material. Eles têm um grande valor científico porque contam para a gente a história do nosso sistema solar. Muitos meteoritos aqui foram formados juntos com nossos planetas e as informações que eles trazem para os cientistas não têm preço", explica o pesquisador do Museu das Minas e do Metal Luciano Faria.
Informações do G1.
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